terça-feira, 25 de outubro de 2011

Paisagens Urbanas - Ipê-branco

      O Ipê-branco é uma espécie de beleza exuberante, quando florida adquire a forma de um grande buquê, as delicadas flores ao caírem formam um lindo tapede, digno de admiração.
      As fotografias a seguir foram tiradas de um espécime que se encontra no bairro Veneza, Ipatinga.

  •  Nome Científico: Tabebuia roseo-alba
  • Nome Popular: Ipê-branco, Pau-d’arco, Ipê-do-cerrado, Ipê-branco-do-cerrado, Planta-do-mel.
  • Família: Bignoniaceae
  • Ocorrência: Florestas estacionais semideciduais na Bolívia, Brasil, Paraguai, Peru e Colômbia.


Características:

       Alcança de 7 a 16 metros de altura, com tronco medindo de 40 até 50 cm de diâmetro, apresenta tronco reto e casca fissurada.


Floração:

      Ocorre principalmente durante os meses de agosto-outubro com a planta totalmente despida da folhagem e que dura, em média, quatro dias. Os frutos costumam amadurecer a partir do mês de outubro.

Aplicação Econômica:
  
       O Ipê-branco é usualmente aplicado em ornamentação pelo exuberante florescimento, que pode ocorrer mais de uma vez por ano, e por apresentar folhagem densa de cor verde azulada. É particularmente útil para a arborização de ruas e avenidas, dado ao seu porte não muito grande.
         A madeira é muito durável podendo ser usada na construção civíl, principalmente para acabamentos internos, sendo macia com superfície lustrosa.

Recuperação ambiental:

           Por apresentar forte adaptação a terrenos secos e pedregosos, é muito útil para reflorestamentos em ambientes com tais características, sendo assim, são destinadas a recomposição da vegetação arbórea.


sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Paisagens Urbanas - Sapucaia

A correria da cidade inúmeras vezes não permite que nos adimiremos com a natureza, que insiste em fazer verdareiros espetáculos que carecem de platéia, tentando a todo momento sobrepujar as buzinas, as fumaças dos escapamentos e chaminés.
Com intuito de demonstrar as belezas que nos cercam, mesmo diante de uma região tão industrializada e povoada, segue fotos de espécimes da Sapucaia, que se encontram no centro de Ipatinga.
  • Nome científico: Lecythis pisonis.
  • Família: Lecythidaceae.
  • Nomes populares: Castanha-sapucaia e cumbuca-de-macaco.

  • Ocorrência: Amazônia e Mata Atlântica.
  • Floração: Ocorre em outubro, as flores possuem coloração arroxeadas de aspecto delicado e aroma perfumado.
  • Fruto: Tipo pixídio, popularmente conhecido como cumbuca, formado por uma cápsula lenhosa e arredondada de 2 - 4 kg e até 25 cm de diâmetro, que leva cerca de dez meses para atingir a maturação (agosto ou setembro). As sementes ou "castanhas" são comestíveis, de sabor comparável a castanha-do-pará.
 
           Com o início da primavera surgem as folhas novas de cor rosa, conferindo à sua copa beleza inigualável. Esta maravilha da natureza dura algumas semanas, atingindo o seu auge no final de outubro e passando lentamente para a cor verde normal. Contudo, somente árvores adultas, com mais de 8 anos, exibem esta característica.
 
 
Óleo de sapucaia:
 
           O óleo das sementes da sapucaia apresenta na composição altos teores de ácidos linoléico, oléico e palmítico.
 
Aplicação Cosmética:
 
           Por apresentar alto teor em ácidos linoléico e oléico, o óleo de sapucaia pode ser empregado na formulação de produtos hidratantes para o cuidado da pele e dos cabelos, podendo ser empregado na confecção de sabões, cremes, xampus e condicionadores. Também é utilizado como óleo para corpo, com propriedades emolientes ou para massagens.
 
 
Bibliografia:
 
Plantas da amazônia para produção cosmética: uma abordagem química - 60 espécies do extrativismo florestal não-madeireiro da Amazônia. Floriano Pastore Jr. (coord.); Vanessa Fernandes de Araújo [et. al.];– Brasília, 2005. 244 p.
 
Florestas do Rio Negro. Oliveira, Alexandre Adalardo de. II. Daly, Douglas C. III. Varella, Drauzio, 1943- IV. Almeida, Hélio de. São Paulo, Companhia das Letras, 2001.
 
Vanessa Mendes e Alexsandro Carvalho e Alexsandro Carvalho

sábado, 1 de outubro de 2011

Diversidade Biológica

"A natureza tem para tudo o seu objetivo."
Aristóteles


     Dá se o nome de biodiversidade ou diversidade biológica a variedade de formas de vida existente na terra, além da variabilidade genética das respectivas espécies. Toda essa abundância de vida e suas interações proporcionaram um ambiente propício à vida humana na terra.
       Os ecossistemas satisfazem as necessidades básicas dos organismos, além proporcionarem proteção contra desastres e doenças, possui também, grande importância na cultura humana, pois muitas espécies e ambientes possuem valores místicos e simbólicos.
     Pesquisas recentes comprovam que os ecossistemas naturais são de suma importância para a vida e bem estar humano, e na medida em que se constata isso percebemos também que genes, espécies e habitats estão sendo rapidamente perdidos por meio do desmatamento, poluição e perda de habitat.
     Pensando na perda de diversidade e por sua grande importância na regulação dos processos naturais criou-se, em 1992, a Convenção sobre Diversidade Biológica que possui três objetivos centrais: a conservação da biodiversidade, o uso sustentável de seus componentes, e a repartição justa e equitativa dos benefícios advindos da utilização de recursos genéticos.
       Essa problemática merece atenção, pois os serviços fornecidos por ecossistemas saudáveis e biodiverso são fundamentais a manutenção da saúde ambiental da terra. Dentre vários serviços ambientais a maioria está em declínio, alguns deles são; água doce, a produção marinha, o número e a qualidade de locais de valor espiritual e religioso, a habilidade da atmosfera de se auto-purificar eliminando poluentes, a regulação de desastres naturais, a polinização, e a capacidade dos ecossistemas agrícolas de controlar pragas.
       A perda de diversidade diminui a resiliência dos ecossistemas, comprometendo na oferta dos serviços ambientais, sendo assim, tem-se então uma gama de organismos e processos afetados, que consequentemente afetam a economia. As consequências negativas dessas perdas são mais sentidas e severas aos povos pobres do meio rural, que dependem de forma imediata dos serviços ambientais para sua sobrevivência.
      Outro agravante é que as necessidades humanas são constantemente multiplicadas pelo crescimento da população mundial, que demanda uma grande capacidade produtiva da terra. O crescente apelo por bens de consumo pode exaurir os recursos naturais, colocando em risco a biodiversidade e a própria espécie humana.
     De acordo com dados do Banco Mundial, a maioria dos países de baixa renda experimentou declínios tanto do capital total quanto do capital natural, o que coloca em perigo o crescimento econômico. Os custos reais da perda de diversidade são difíceis de mensurar, no entanto, sabe-se que os serviços ambientais são vitais na manutenção do modo de vida e do bem-estar humano, e revela que a biodiversidade ocupa papel central no desenvolvimento econômico de um país, principalmente os mais pobres que tem como base a economia agrícola, que dependem imensamente dos recursos naturais.
     Diante disso, conclui-se que a perda de diversidade pode trazer perdas incalculáveis a economia, no entanto, inúmeras pesquisas ainda são feitas para mensurar os impactos aos ecossistemas, mas sabe-se que o impacto é altamente grave e que a biodiversidade é fundamental a manutenção da saúde ambiental da terra.

BIBLIOGRAFIA

Panorama da Biodiversidade Global 2. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, Secretaria de Biodiversidade e Florestas (MMA), 2006.

Vanessa Mendes e Alexsandro Carvalho

Serra dos Cocais