"Beleza e glória das coisas o olho que põe."
Manoel de Barros
A região metropolitana do Vale do Aço (RMVA) é constituída por quatro cidades - Ipatinga, Coronel Fabriciano, Timóteo e Santana do Paraíso – que juntas possuem cerca de 450 mil habitantes. É conhecida nacional e internacionalmente em virtude das siderúrgicas que nela existem. No entanto, também abriga áreas florestais de grande riqueza biológica, tais cenários encantam comunidade científica e população no geral.
Localização: A região metropolitana do Vale do Aço (RMVA) está inserida na mesoregião do Vale do Rio Doce, localizada na porção leste de Minas Gerais.
Relevo: O relevo é caracteriza pelos ‘‘mares de morros’’, cuja variação está entre ondulado, fortemente ondulado, montanhoso e algumas regiões de planas.
Serra: Serra do Cocais inicia no município de Santana do Paraíso e percorre todo à extensão da RMVA, passando por Ipatinga, Coronel Fabriciano e Antonio Dias. Um lugar com uma beleza cênica maravilhosa, várias cachoeiras e com grande potencial para ecoturismo e esportes radicais (rapel, escalada, treeking e montanhismo).
Cachoeira na Serra do Cocais (Coronel Fabriciano)
Hidrografia:
Bacia hidrográfica: Rio Doce
Rios importantes: Rio Doce e Rio Piracicaba
Ribeirões: Caladão, Caladinho, Ipanema, Timóteo e Timotinho.
Lagos importantes: Lago Dom Helvécio, Lagoa Teobaldo, Lagoa Silvana.
Ribeirão Ipanema
Rio Doce
Lagoa Silvana
Clima:
O clima da região Vale do Aço é classificado como Aw - Clima tropical úmido (megatérmico) que é caracterizado por estações de seca e chuva bem definidas.
Vegetação:
A vegetação da região faz parte do bioma Mata Atlântica, e os fragmentos remanescentes de mata nativa são classificados como formações de Floresta Estacional Semidecidual Montana e Submotana.
Floresta Estacional Semidecidual Montana (Serra dos Cocais)
Floresta Estacional Semidecidual Submontana
Espécies típicas da região:
Nome Científico | Nome popular |
Apuleia leiocarpa | Garapa |
Copaifera langsdorfii | Pau-d`óleo |
Cecropia hololeuca | Embaubá |
Mabea fistulifera | Canudo-de-pito |
Matayba elaeagnoides | Camboatá |
Aloysia virgata | Lixeira |
Croton urucurana | Sangra-d`água |
Cupania vernalis | Camboatã |
Dalbergia nigra | Jacarandá Caviúna |
Cassia ferruginea | Canafístula |
Aegiphila sellwiana | Papagaio |
Guarea sp. | Marinheiro |
Senna multijuga | Fedegoso |
Tabebuia sp. | Ipês |
Anadenanthera sp. | Angicos |
Nectandra sp. | Canelas |
Hortia arborea | Paratudo |
Piptadenia gonoacantha | Jacaré |
O destaque da região é o Parque Estadual do Rio Doce (PERD) com 36000 hectares , o maior fragmento de Mata Atlântica do estado de Minas Gerais, um refúgio da biodiversidade na região.
Fauna:
Apesar de ser uma região metropolitana e bem industrializada, estima-se que fauna ainda seja diversificada na região. O Parque Estadual do Rio Doce serve com dispersor da fauna local para os pequenos fragmentos.
Atualmente estima-se que existem mais de 120 espécies de aves na região metropolitana do Vale do Aço. Muitas espécies vivem em fragmentos de mata próximos das cidades, muitas espécies deslocam-se para áreas verdes urbanas.
Casmerodius albus
Butorides striatus
Algumas espécies de avifauna típicas da RMVA
Nome Científico | Nome popular |
Sicalis flaveola | Canário-da-terra |
Thraupis sayaca | Sanhaço-cinzento |
Mimus saturninus | Sabiá-do-campo |
Turdus rufiventris | Sabiá-laranjeira |
Volatinia jacarina | Tiziu |
Tangara cayana | Sairá-amarela |
Pitangus sulphuratus | Bem-te-vi |
Fluvicula nengeta | Lavadeira-mascarada |
Butorides striatus | Socozinho |
Furnarius rufus | João-de-barro |
Eupetomena macroura | Beija-flor tesourão |
Athene cunicularia | Coruja-buraqueira |
Guira guira | Anu-branco |
Crotophaga ani | Anu-preto |
Piaya cayana | Alma-de-gato |
Columbina talpacoti | Rolinha |
Vanellus chilensis | Quero-quero |
Cariama cristata | Seriema |
Casmerodius albus | Garça-branca-grande |
Caracara plancus | Caracará |
Penelope obscura | Jacu |
Mamíferos:
Existe uma riqueza considerável de mamíferos de médio e grande porte, o que torna urgente à necessidade criar iniciativas e meios de preservá-los.
Pegada de Hydrochoerus hydrochaeris (Capivara)
Mamíferos que ocorrem em alguns fragmentos remanescentes na RMVA.
Nome Científico | Nome popular |
Hydrochoerus hydrochaeris | Capivara |
Dasyprocta aguti | Cutia |
Cuniculus paca | Paca |
Nasua nasua | Quati |
Procyon cancrivorus | Mão-pelada |
Cerdocyon thous | Raposinha |
Didelphis albiventris | Gambá |
Dasypus novemcinctus | Tatu-galinha |
Tapirus terrestris | Anta |
Panthera onca | Onça-pintada |
Leopardus pardalis | Jaguatirica |
Puma yagouroundi | Gato mourisco |
Puma concolor | Onça-parda |
Cebus nigritus | Macaco-prego |
Callithrix geoffroyi | Sagui-de-cara-branca |
Callicebus personatus | Sauá |
Diante de tanta diversidade, percebe-se que o grande potencial do Vale do Aço não se restringe somente a siderurgia, a região ofereçe também oportunidades em pesquisa, negócios ambientais e turismo.
Vanessa Mendes e Alexsandro Carvalho
Massa!
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ResponderExcluirTive a oportunidade de ver com meus olhos de criança o que o Vale do Aço tem de belo. Agora ficam as lembramças e a saudade das aventuras de minha infância. Obrigado por compartilhar este tesouro. Viva o Vale do Aço, da Ave, dos Peixes, das Árvores, dos Mamíferos.......
ResponderExcluirParabéns pela postagem. Bem completa e informativa continuem assim!
ResponderExcluirParabéns pelo blog e por divulgar sobre a natureza do Vale do Aço. Minas são muitas e o vale tem muito a mostrar.
ResponderExcluirnao explicaram a vegetaçao do vale do aço qual é a vegetaçao predominante? nao falaram pelo o menos acho que nao.
ResponderExcluirnao explicaram a vegetaçao do vale do aço qual é a vegetaçao predominante? nao falaram pelo o menos acho que nao.
ResponderExcluirParabéns pelos trabalhos, continuem a sim ,divulgar trabalhos científicos e super importante,afinal e a função nos pesquisadores.
ResponderExcluirAtt Rogerio